Portugal Continental

 

Portugal Continental

Prespectiva histórica

Portugal surge como estado independente em meados do século XII, no contexto da Reconquista; área periférica do vasto império cristão de Leão e Castela, circunstâncias políticas precisas levaram à sua separação, nessa altura em que a sul, o território não atingia ainda a linha do Tejo. O núcleo inicial do novo estado foi um condado, em cuja formação teve interferência a cidade de Portucale (Porto), ocupada pelos cristãos em 868; a partir dela se organizaram as regiões devastadas pelos Mouros que ficaram para norte. Portugal vai agregar depois o condado de Coimbra, a Sul do Douro, ficando o conjunto confiado, nos fins do século XI, a um único dirigente político, o conde D. Henrique de Borgonha. O território deste país alargou-se depois para sul, por sucessivas conquistas aos Mouros, que, tendo fortalecido as condições de autonomia já criadas, terminaram em 1250. O tratado de Alçañices, celebrado pouco depois (1297), regulou algumas controvérsias com Castela sobre a fronteira. Se descontarmos pequenos acertos insignificantes desta última e a ocupação de Olivença, em 1801, pelos Espanhóis, ainda que não reconhecida pelas convenções internacionais posteriores, Portugal adquiriu naquela altura, em final do século XIII, a configuração espacial com que chegou aos nossos dias. Neste sentido, deve acentuar-se aqui que constitui a mais antiga formação política da Europa.

Humanamente

Lisboa é a ecléctica capital de Portugal, sem dúvida uma cidade vibrante e cosmopolita. Nas proximidades, Cascais acolhe praias magníficas e Sintra encantá-lo-á com as suas florestas e castelos dignos de contos de fadas. No Norte, o Porto é famoso pelo mundialmente conhecido vinho do Porto e pela região panorâmica do Douro. Se procura uma boa dose de sol e mar, descubra a lindíssima costa com falésias e praias douradas do Algarve, bem como os excelentes campos de golfe. A maioria da população portuguesa está concentrada no litoral. As cidades de Lisboa e Porto atingem por vezes uma densidade populacional de cerca de 700 pessoas por km².  As influências atlânticas avançam pelo litoral, enquanto as mediterrâneas alastram no interior, em especial ao longo das terras mais baixas. Em contraste com o Norte atlântico e, menos vincadamente, com o Sul, o Norte interior revela traços de continentalidade, tão característicos do centro da Península. É uma região de grandes amplitudes térmicas, onde estão separados os vários elementos da paisagem agrária (campo, mato, pastagem), a propriedade e a exploração rurais são, em geral, pequenas, as densidades decrescem em relação ao Oeste, a população está repartida por aldeias, menores mas bem menos espaçadas que as do Sul.

Fisicamente

Estamos em presença de três grandes conjuntos territoriais de Portugal Continental, fundamentados em factos naturais e da ocupação humana tradicional: Norte atlântico, Norte interior e Sul. Pode dizer-se que o Norte interior avança mais ou menos até à Cordilheira Central, enquanto o Norte Atlântico se dispõe até ao Mondego. Estas duas grandes unidades estão separadas pela barreira de montanhas que torna menos sensíveis no interior as influências marítimas, para Sul, estende-se a terceira das divisões fundamentais consideradas, cujas características mediterrâneas se vão acentuando cada vez mais.  A acentuada diversidade geográfica do território continental é até certo ponto surpreendente, quando se considera que a sua área não é grande. No Noroeste, o clima é mais húmido, a vegetação espontânea compreende muitas espécies de folhas caducas; ocupação humana tradicional: grandes densidades populacionais, fragmentação e reduzidas dimensões das propriedades e explorações rurais, povoamento disperso, larga difusão do pinheiro bravo, relevância da policultura, centrada em torno do milho e da criação do gado bovino. A sul, prevalecem as características mediterrâneas, o Verão torna-se mais seco e prolongado; numa topografia onde dominam as planuras que vão ter à acidentada Cordilheira Central, encontram-se vastas áreas de montados, isto é, arvoredos de espécies de folha perene (sobreiro, azinheira) dispersos pelos campos. Na maior parte da região, as explorações agrícolas são grandes, os sistemas de cultura integram pousios mais ou menos longos, verificam-se baixas densidades populacionais e o tipo de povoamento é aglomerado.

 

Portugal é dividido pelo rio Tejo, que separa o norte acidentado das planícies ondulantes do sul. No norte, a paisagem é uma extensão das montanhas ibéricas - florestadas e atravessadas por vales profundos. A Serra da Estrela (o ponto mais elevado de Portugal continental, com 1991 metros) situa-se entre os rios Douro e Tejo. A sul do rio Tejo, a paisagem é caracterizada por vastas planícies, cultivadas com espécies predominantemente mediterrânicas, como os sobreiros, as figueiras, as oliveiras e as vinhas. Muitos dos rios portugueses nascem em Espanha e desaguam no oceano Atlântico, como os rios Minho, Douro, Tejo e Guadiana, criando uma rica rede hidrográfica.

Clima

 

 

Quase metade dos contornos do Continente são em contacto com o mar (41%, ao longo de 832 km) e só no Nordeste uma pequena área fica a mais de 200 km dele. Disto resultam influências óbvias no clima que em Portugal varia significativamente de região para região, e é influenciado pelo relevo, latitude e proximidade do mar, que proporciona Invernos suaves, especialmente no Algarve. Nas áreas do Porto e Norte de Portugal e Beiras, especialmente nas zonas mais próximas de Espanha, os Invernos são mais frios, apesar das temperaturas serem moderadas quando comparadas com o resto da Europa. Regista-se alguma queda de neve, que é mais frequente na Serra da Estrela, onde se situa o ponto mais alto de Portugal continental (1991m) e se podem encontrar condições para a prática de ski.

Os verões são quentes e secos sobretudo nas regiões do interior (Nordeste transmontano e Alentejo), e no litoral o calor é moderado pela influência marítima.

Durante o outono registam-se frequentemente dias ensolarados com temperaturas amenas, que ao ocorrerem no início de novembro costumam ser popularmente designados por "verão de São Martinho", devido à proximidade da data em que se festeja este Santo.

As temperaturas médias anuais em Portugal continental, nas áreas urbanas, variam dos 18°C em Faro aos 12,5°C em Bragança e 10°C na Guarda, a cidade mais alta e fria do país, enquanto as precipitações variam dos menos de 300 mm na ribeira de Massueime, afluente do Côa, que por sua vez é afluente do Douro, e dos 450 mm de Faro, aos 1.700 mm da Guarda e aos mais de 3.000 mm da Serra do Gerês. O local considerado mais frio do país é a Serra da Estrela, que possui uma temperatura média anual de 7°C nas partes mais elevadas e inferior a 4°C na Torre, o topo da Serra, situado no município de Seia, Distrito da Guarda. As temperaturas extremas de Portugal foram de 47,3°C, em Amareleja, freguesia do município de Moura, Alentejo, em 1 de Agosto de 2003, e -16°C nas Penhas da Saúde, localidade do município da Covilhã. As precipitações em forma de neve são registadas com regularidade anual nos distritos de Castelo Branco, da Guarda, Bragança e Vila Real, diminuindo sua ocorrência em direcção ao sul, até tornarem-se nulas na maior parte do Algarve.

Cultura

A cultura Portuguesa manifesta-se através das mais remotas tradições populares e tem características muito marcantes: Desde a típica calçada Portuguesa, o artesanato, o azulejo, o fado, a tourada, etc.

A cultura portuguesa assent num passado que remonta à época pré-histórica e foi fortemente influenciada por uma diversidade de povos e costumes ao longo dos anos. As eras das invasões romanas e árabes, bem como as sociedades que as precederam, deixaram os seus vestígios e um ecléctico legado cultural e arqueológico visível em todo o território português. 
As pinturas rupestres da Gruta do Escoural, a cidade romana de Conímbriga, o Templo de Diana em Évora e a arquitectura com traços árabes nas cidades de Olhão e Tavira são apenas alguns exemplos das extraordinárias preciosidades culturais do país. Ao longo de séculos, as artes em Portugal sofreram influências externas, na arquitectura e na decoração, incluindo flamengas, francesas e italianas. Portugal possui uma enorme herança cultural.

Um dos aspectos mais venerados da cultura portuguesa é o Fado, um estilo de música que emergiu no bairro de Alfama, em Lisboa, mas que também marca presença na vida universitária de Coimbra. Apreciado em todo o país como a expressão mais pura da saudade portuguesa, esta melodia suplicante e melancólica tem um toque profundo e apaixonado, pelo que ainda é hoje cantado nas Casas de Fado, acompanhado por guitarras portuguesas.

Culinaria

A culinária portuguesa é reconhecida como uma das mais variadas do mundo, ainda que esteja restrita a um espaço geográfico diminuto, mostrando influências mediterrânicas (incluindo-se na chamada "dieta mediterrânica") mas, também, atlânticas, como é visível na quantidade de peixe consumida tradicionalmente. Muito mudou desde que Estrabão se referiu aos Lusitanos como um povo que se alimentava de bolotas. A base da gastronomia mediterrânica, assente na trilogia do pão, vinho e azeite, repete-se em todo o território nacional, acrescentando-se-lhe os produtos hortícolas, como em variadas sopas, e frutos frescos. A carne e as vísceras, principalmente de porco, compõem também um conjunto de pratos e petiscos regionais, onde sobressaem os enchidos. Com o advento das descobertas marítimas, a culinária portuguesa rapidamente integrou o uso, por vezes quase excessivo, de especiarias e do açúcar, além de outros produtos, como o feijão e a batata, que foram adoptados como produtos essenciais. Note-se que a variedade de pratos regionais se verifica mesmo em áreas restritas. Duas cidades vizinhas podem apresentar, sob o mesmo nome, pratos que podem diferir bastante na forma de confecção, ainda que partilhem a mesma receita de base. As generalizações nem sempre estão correctas: as diversas culinárias regionais variam muito na mesma região.

 

 

-Bebidas 


Portugal é especialmente famoso pelos seus    vinhos    fortificados: o vinho do Porto e o vinho da Madeira, excelentes tanto como aperitivos ou digestivos. No entanto, a cultura e tradição vinícolas encontram-se por todo o país. A região do Douro. tornou-se uma das regiões mais famosas do mundo graças aos seus vinhos DOC. Tal como acontece com os conceituados châteaux da França, encontrará vinhos fantásticos originários das Quintas do Douro. As regiões do Alentejo e Dão também produzem tintos, brancos e rosés magníficos. Poderá desfrutar de provas de vinhos verdadeiramente fascinantes por todo o país!   
Os portugueses também têm o hábito de acompanhar as refeições com cerveja. No entanto, esta é geralmente mais apreciada ao final da tarde, num café ou esplanada. 

 

-Pão e Queijo

Cada região oferece um tipo de pão e queijo específicos. O queijo mais famoso é o Queijo da Serra, originário da Serra da Estrela. O Queijo de Azeitão, produzido na zona de Azeitão (perto de Lisboa), também é delicioso. Todos os restaurantes colocam um cesto de pão na mesa como entrada. O pão é geralmente caseiro, fresco ou produzido numa padaria vizinha.

 

-Peixe

                                                                                                                                       O bacalhau é o “fiel amigo” à mesa dos Portugueses. Embora seja um dos principais ingredientes da gastronomia portuguesa, o bacalhau é importado das águas frias do Atlântico Norte - Canadá e Noruega. Encontrará mil e uma formas diferentes de cozinhar o bacalhau. 

 
-Carne 


Os pratos de carne são muito diversos em todo o país, contudo há duas regiões que são famosas pelas suas especialidades: o Alentejo, no que respeita ao porco, e Trás-os-Montes, com excelentes enchidos.

 
-Doçaria

 
Muitos doces portugueses são um legado da ocupação árabe, especialmente no
Algarve. Em Peso da Régua poderá deliciar-se com os rebuçados da Régua e, em Lisboa, se passar por Belém, não deixe de provar os famosos pastéis de Belém

 

Circulação

Em Portugal o trânsito processa-se pelo lado direito. Nas praças, cruzamentos e entroncamentos, salvo sinalização em contrário, têm prioridade os veículos que se apresentam pela direita. Nos cruzamentos com rotundas, têm prioridade os veículos que já se encontram a circular no interior. Os sinais de trânsito obedecem às normas internacionais.

 

Limites máximos de velocidade para os automóveis ligeiros sem reboque e motociclos:

50 km/hora - dentro das localidades

90 km/hora - nas vias normais

100 km/hora - nas vias reservadas a automóveis

120 km/hora - nas auto-estradas.

 

Taxa de alcoolémia igual ou superior a 0,2 gramas / litro, implica proibição de conduzir. O uso do cinto de segurança é sempre obrigatório.

 

O Código de Estrada proíbe a utilização de telemóveis durante a condução de veículos, excepto se forem usados dispositivos de alta voz ou o auricular. Informações mais detalhadas estão disponíveis no site da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária - www.ansr.pt .