Madeira
Madeira
História
As ilhas do arquipélago da Madeira já seriam conhecidas antes da chegada dos portugueses, a crer em referências presentes em obras, bem como na representação destas em cartas geográficas. Entre as obras que se referem à Madeira salientam-se passagens do Libro del Conocimiento (1348-1349), obra de um frade mendicante espanhol na qual as ilhas são referidas pelo nome de Leiname, Diserta e Puerto Santo.
Um ano após a descoberta de Porto Santo por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, os dois navegadores em conjunto com Bartolomeu Perestrelo, chegam à ilha da Madeira em 1419. Tendo sido notadas as potencialidades das ilhas, bem como a importância estratégica destas, iniciou-se por volta de 1425 a colonização, que terá sido uma iniciativa de D. João I ou do Infante D. Henrique. A partir de 1440 estabelece-se o regime das capitanias com a investidura de Tristão Vaz Teixeira como Capitão-Donatário da Capitania de Machico; seis anos mais tarde Bartolomeu Perestrelo torna-se Capitão-Donatário do Porto Santo e em 1450 Zarco é investido Capitão-Donatário da Capitania do Funchal.
A ilha é muito montanhosa, com profundos vales incrustados entre os picos mais altos e falésias na maior extensão da costa, que totaliza cerca de 160 km de extensão. A altitude média é de 1300 m, sendo os pontos mais elevados o Pico Ruivo (1861 m) e o Pico do Areeiro (1818 m). As praias de areia fina são raras. O extremo leste, chamado Ponta de São Lourenço forma um cabo alongado e relativamente pouco elevado que se prolonga até dois ilhéus próximos. Na costa sul, a oeste do Funchal, situa-se o cabo Girão, uma das mais altas falésias do mundo.
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Religião
A população do arquipélago da Madeira é tradicionalmente seguidora do catolicismo romano, embora, hoje em dia essa identificação tenda a ser, em parte, nominal.
A Diocese do Funchal foi criada a 12 de Junho de 1514 através da bula Pro Excellenti Praeeminentia doPapa Leão X, em resultado de um pedido do rei D. Manuel I. Em 1536 o Papa Paulo III desligou o bispado da Ordem de Cristo. Esta diocese, cujo primeiro bispo foi Diogo Pinheiro, teve a maior jurisdição do mundo, já que esta era alargada aos territórios com presença portuguesa em África, noBrasil, Índia e China. Em 1533 o Papa Clemente VII elevaria a diocese a arcebispado, que seria extinguido em 1551, passando novamente a diocese dependente do arcebispado de Lisboa. Em 1991 a Madeira recebeu a visita do Papa João Paulo II, primeiro Papa a visitar a ilha. D. António José Cavaco Carrilho é o bispo da diocese desde Maio de 2007, sucedendo a D. Teodoro de Faria que renunciou em virtude de já ter ultrapassado a idade canónica para exercer o cargo.
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Politica
Desde 1976 a Madeira é uma Região Autónoma da República Portuguesa. Possui órgãos de governo como a Assembleia Legislativa da Madeira e o Governo Regional. O Estado Português é representado na região pelo Representante da República para a Região Autónoma da Madeira, cargo ocupado por Antero Alves Monteiro Diniz. O Dia da Madeira e uma festa para celebração deste.
A Assembleia Legislativa é um parlamento unicameral composto actualmente por 47 deputados. Os deputados são eleitos para um mandato de quatro anos em listas apresentadas pelos partidos num círculo eleitoral único (ao contrário do que se passava até às eleições de 2004, em que os círculos eleitorais correspondiam aos municípios e o número de deputados era 68).
A divisão administrativa do arquipélago consiste em 11 municípios:
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Agricultura
A agricultura foi historicamente o sector dominante na economia madeirense, a partir da qual vivia a maior parte de população. Apesar do solo vulcânico ser fértil, o relevo montanhoso (que conduziu à plantação em socalcos ou poios como são conhecidos regionalmente) impede a mecanização.
Ao nível da organização do espaço agrícola podem ser distinguidos três andares. Nas terras de baixa altitude junto ao mar localizam-se as culturas de maior rendimento, como a banana, a anona, a manga, cana-de-açúcar e o maracujá e outras espécies tropicais. No nível intermédio
situam-se culturas alimentares como a batata, feijão, trigo e milho e árvores de fruta da região mediterrânea (figueira, nespereira), em sistema de policultura. Nas altitudes mais elevadas encontram-se os pastos, pinhais e bosques.
A pecuária complementa a actividade agrícola. O tipo de gado predominante é o ovino e caprino, com menor presença do bovino. Para além do seu papel na alimentação, o gado proporciona o adubo natural.
A pesca recorre a métodos artesanais. As principais espécies capturadas são o atum e o peixe-espada.
Actualmente, o turismo constitui uma fonte média de receitas da economia madeirense. No sector agrícola, a produção de banana dirigida fundamentalmente ao consumo regional e nacional, as flores e o afamado vinho da Madeira, constituem também um importante contributo para a economia regional.
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Turismo
O Turismo na Madeira constitui uma fonte média de receitas da economia madeirense e por isso afirma-se que a ilha vive e respira Turismo.
Com uma economia dependente do Turismo é necessário a criação de eventos apelativos que aumentem a procura pela ilha. Desde então a Madeira tem já vários cartazes turísticos frequentes anualmente tais como:
-O Carnaval, tem se revelado um cartaz importante e que traz um ocupação hoteleira que ronda os 70%. O grande Cortejo Alegórico composto por 7-8 trupes regionais que desfilam ao longo das principais avenidas do Funchal, ao som e ritmo do samba, com muita cor, alegria e é a grande atracção nesta época. Também se junta a esta data o Cortejo do Trapalhão, que acompanha os madeirenses há muito tempo e que envolve no meio de muita diversão, a sátira.
-A Festa da Flor, é a grande aposta da Secretaria do Turismo e é o segundo maior cartaz turístico da região, trazendo um ocupação hoteleira que ronda os 80-85%. É um evento único mundialmente, e tem para oferecer aos turistas e residentes uma grande variedade de tapetes florais, um Cortejo Alegórico onde desfilam 8 trupes que mostram a fauna/flora e História da Madeira dando uma grande satisfação aos turistas que prometem visitar a Madeira nos seguintes anos.
-O Festival do Atlântico, em todos os sábados do mês de Junho, decorre no cais do Funchal um espectáculo pirotécnico de diversos países que entram em competição para mostrar o seu fogo-de-artifício no Fim do ano. Este espectáculo tem-se revelado uma aposta ganha, não só pelos turistas como também pela adesão dos madeirenses.
-O Rali Vinho Madeira, decorre no fim de Julho e/ou princípio de Agosto e é uma das provas do Rali Nacional. Nesta competição juntam-se vários pilotos regionais,nacionais e mundiais o que prefaz anualmente uma lista de entre 60 à 70 inscritos, muitos deles associados à competição IRC.
-Festa do Vinho, decorre no mês de Setembro na Avenida Arriaga
-Festas de Natal e Fim do ano, De 26 de Novembro a 6 de Janeiro de 2011
As tradições cristãs da época do Natal, muito entranhadas nos hábitos do povo madeirense, conjugam-se com as manifestações de regozijo pela chegada do novo ano num programa rico e extenso de manifestações de carácter cultural, etnográfico e artístico que se iniciam no mês de Novembro, com a abertura das iluminações nas ruas do centro do Funchal, e abrange todo o mês de Dezembro, prolongando-se até ao dia de Reis.
Em meados de Novembro começam os preparativos para tornar a cidade do Funchal num verdadeiro "presépio" de tamanho real.
Enfeitam-se as ruas com luzes de todos os tamanhos e cores que, compondo desenhos, apresentam uma forte simbologia da ilha e da época.
Em Dezembro decoram-se as praças com flores: Manhãs de Páscoa, Azevinho, Sapatinhos, todas ajudam a alegrar as ruas funchalenses. E depois há também a música de Natal que se infiltra, quase que por magia, em todas as artérias e que a todos contagia.
É neste ambiente de grande alegria que as ruas se enchem de gente. Alguns vêm fazer as suas compras de Natal, outros apenas querem sentir o murmurinho daqueles dias que antecedem a festa. Dá-se também início aos eventos culturais, com variadas exposições alusivas à época e ao arquipélago e com espectáculos musicais de qualidade.
Depois do Natal continua a azáfama, desta vez para marcar na memória de todos o último dia do ano.
Com o anfiteatro do Funchal transformado num grandioso presépio iluminado com mais de 250 mil lâmpadas coloridas, e com as encostas picotadas de branco, pelas luzes colocadas propositadamente para esse efeito, encontra-se o cenário montado para um espectáculo inesquecível.
Às doze badaladas do dia 31 de Dezembro ficam os céus iluminados, com fogo, cor e esperança no ano que se adivinha e que não poderia começar de melhor forma. Fonte:Turismo Da Madeira
A Madeira detêm o Record Mundial do Guiness pelo Maior Espectáculo Pirotécnico do Mundo. Este recorde foi conseguido no ano de 2006 e foi batido em 2010. Deste modo o Fim-do-Ano é o maior cartaz turístico da região, com uma ocupação hoteleira que ronda 90%-95%, tangenciando os 100% em muitas unidades.
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GASTRONOMIA
Apesar das entradas não serem um ponto altos dos menus madeirenses, é servido habitualmente o tradicional bolo do caco com manteiga de alho. Esta espécie de pão encontra-se com muita facilidade em festas e feiras. Para início de refeição, os madeirenses costumam pedir lapas grelhadas servidas com alho e sumo de limão espremido.
Milho frito
O milho, depois de cozido, é frito aos quadrados em óleo abundante. É um óptimo acompanhante para a espetada e outros pratos típicos regionais.
Picado
O picado de carne é fácil de preparar. A carne de vaca é cortada em pequenos quadrados e depois frita em óleo abundante. Pode ser acompanhado de batata frita, arroz ou salada.
Lapas
As lapas são habitualmente servidas como entrada ou então como mero petisco. É adicionado sumo de limão para ficarem mais saborosas.
Polvo
O polvo, embora não sendo um prato típico da Madeira, é muito apreciado e consumido na Ilha principalmente nos concelhos com maior actividade piscatória. É servido de várias formas, mas as mais conhecidas são o polvo escabeche e o arroz de polvo.
DOÇARIA REGIONAL
Bolo de mel
SUMOS DE FRUTAS EXÓTICAS
Poncha - confeccionada com aguardente de cana, mel e limão
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